Keblinger

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Os desejos egoístas por @ritaschultz

| domingo, 25 de novembro de 2012

Estes dias vi no seu rosto uma ideia corajosa: o desejo prático de se mandar. Que pensamento romântico, sensível de quem não consegue encarar a vida!
Você não ri, não canta, não conta histórias, não lê livros, não enxerga as cores da natureza. Não se concentra numa forma de fantasiar os dias, de contribuir, como fazemos todos.
Você diz que tem medo de errar, que tem vergonha. Pois eu lhe digo: errar é o que me faz aprender e depois acertar. Se eu soubesse como viver, eu lhe daria uma fórmula cientifica completa, mas cada amanhecer é diferente do outro, cada crepúsculo, único.
Você ama muito as pessoas para abandoná-las. E também ama a si mesmo! Não, você não faria isto!
E todas aquelas coisas que você aprendeu a fazer? Esqueceu como se faz? Não, não se esquece como pintar um rosto, como correr, como nadar, como fazer amor.
Ah, pare com essa de viver pre-ocupado com o amanhã! Vamos, dê um jeito na vida agora e deixe a eternidade para depois. Tá bom, a vida é chata, eu sei, e você já está me cansando. Vou ali sentir o calor do sol, mas se estiver chovendo, existe sempre a possibilidade de sair correndo sob a chuva. De ajudar alguém que perdeu a casa numa dessas enchentes ou que não tem um pedaço de pão para comer hoje. Também sei de tantas crianças que precisam aprender a ler e não têm alguém para lhes ensinar. E há sempre a possibilidade de inventar tantas outras coisas que encantem os dias. Tantos outros desejos menos egoístas. E, depois, não existe nenhuma grande resposta para todas essas dúvidas suas, nenhum segredo! O que existe é aproveitar o dia, o hoje! Sair de si e olhar as coisas, senti-las por mais simples que elas sejam, sem tantas complicações. E descobrir as respostas, se houver.
Vamos?

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