Eu disse: fica. Ela segurava entre os dedos uma réstia daquilo que chamam vida. Chovia muito (Lágrimas escorrem melhor em tempestades). Ela se foi. Os domingos desenham os traços dela. A mãe. [Gloria Diogenes]
Ele disse: Vai. Eu apertava contra o peito aquilo que chamam paixão, com medo que de tão fatigada, fosse fugir... Chovia lá fora e aqui dentro, e morrendo cada pedacinho de mim, fui mesmo assim. Os domingos desenham meus traços vazios da presença dele. O amor. [Du]
Traços de saudades que se encontram... [Gloria Diogenes]
E ficou. Nos traços dos dias que a saudade desenhou. [Manuel Pintor]
E partiu. Nos braços da noite que as estrelas expandiram. E continuaram sonhando... [Du]
E ficaram e partiram, transitando no tempo como se não fossem reais, indo e vindo em cada gesto de amor incondicional. [Rosângela Monnerat]
Imagem daqui
2 comentários:
ficou lindo Dú, Manuel, Rosângela. saudade é vácuo onde assenta a poesia e recria a linguagem.
Modéstia à parte, ficou lindo este post mesmo, Glorinha! :)
Obrigada aos poet'amigos!
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