Keblinger

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Palavreando by @Rafaelbonavina,@Leozaqueu,@gloriadioge,@pirlimpimpimm & @simonebrichta

| segunda-feira, 4 de julho de 2011


O excesso de zelo,
é o medo de perder.
O excesso de palavras,
é o medo de não fazer sentido.
 
[Rafael Bonavina Ribeiro]

Não-perder é deixar partir,
o que for...
O sentido nunca se diz.

E no em tanto escrevemos,
precisando-nos...
somos versos.
 
[Leonardo Zaqueu]


O excesso de significar
derrama
poemas enleados.

O sentido acontece na curva
sinuosa
entre vontade e medo. 
[Gloria Diogenes]


A curva arde em chamas / derrama em meu peito / profana pensamentos [Du]

Não mais o mito da reta-razão.
Um pensar afetivo,efetivante...
que se joga nas curvas,
que se gosta curvas...pró-fano.
[Leonardo Zaqueu]

Insano e vez-em-quando vê miragens em paisagens existentes, só-mente, na mente. Não mente. Sente. [Du]

...(in)sano-me quando miragens permito me indicarem caminhos que a tola lucidez me cegava.[Leonardo Zaqueu]

Lucidez que embriaga sentidos, navega em luzes de neon, cores e sons ...gemido. Nada aqui, faz sentido. Tolos cegos revestidos. Palavras curvas-líneas. [Du]

‎...curvas-líneas não são,ainda bem,
linhas tortas,onde só Deus,
se existisse,escreveria.
Curvas-líneas...
lugares-afetos,onde poetas se escrevem,
se encontram e encantam...
aprendem amar o amor que os habita e (in)sana.
[Leonardo Zaqueu]

...onde se atrevem, quando se entregam ao toque profano das palavras não ditas, mal-ditas! [Du]

Mal-ditas quando atropeladas pelo dentro, correrias,corredeiras,correntezas de si.
Palavras tão bem advinhadas nos suspiros...
São as únicas realmente bem-ditas,
bem entoadas pelas bocas humanas.

Palavras sedentas, esfomeadas de mistérios - hemisférios norte e sul da emoção, extrapolam qualquer razão. Viajam em letras miúdas, tão soturnas-profundas... não sei remar-amar. [Du]

Remadores podiam até ser escravos.
Mas velejadores...
já se eram poetas.
liam seus caminhos
nas inalcansáveis estrelas,
aprendiam os quereres e os desejos dos ventos 
[Leonardo Zaqueu]

E são linhas flexuosas derramadas de afrodisíaco, atores no palco, saindo entrelaçados da coxia.
E protagonizam a cena, navegando no atravanco desmastreado. [Simone Brichta]

Imagem daqui

1 comentários:

{ gloria } at: 5 de julho de 2011 às 08:22 disse...

uma beleza de fazer calar e ficar morando um tempo na poesia. amei a ilustração também.

 
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