![]() |
Foto da Glória |
Muitas portas e poucas janelas. O olhar precisa vaguear, debruçar-se sobre o inusitado que povoa o vem-e-vem de cada dia. Eu vi "Januária"na Janela". Quando fazemos as pazes com o tempo, ele traz o mar para a calçada. E eu, malvada, me despenteio. [Glória]
...me despenteio e procuro o alvoroçar dos pássaros na calçada, alçando voo pleno em revoada. Janelas, portas, cortinas e vento em comunhão-profusão. Perdi a direção do tempo quando Alfredo passou, e Januária ficou... o cheiro de maresia inebriava os sentidos-contidos. [Du]
Um eco e um afeto,
túneis de labirintos:
em olhos invisíveis dentro da pele
o lugar mais profundo do oceano. [Simone]
Provoquei olhares dedilhando o tempo nas entrelinhas das mãos. Abri estradas, caminhos e vãos. Na pressa, deixei meu amor passear a dois, com calor de fogueira na beira do mar, e frio, de tudo que não se espera. Alfredo passou, Januária ficou. Eu fui. Fui à flor da pele. [Rosângela Monnerat]
À flor da pele não foi tatuada no corpo e sim na alma. Januária sabia. Alfredo se escondia nos navios dos pensamentos. O tempo lá fora buscava sementes. Eles se plantavam, amor nascente. Nau de sentimentos. Giz riscando sonhos... [Du]
Sonho vivido a um em tempo de outros tempos, hoje sonhado a dois em desejo e sentimento, sobre o mar bravio do tempo paira um pássaro de asas abertas ao vento, trazendo o ramo da paz, um sonho para depois e um verso, agora vivido a dois... [Vítor Isidro]
2 comentários:
Delícia dividir este espaço com vocês! Estas sequências se encontram num canto comum. Um recanto de olhares e contornos plurais. Apenas os corações deixam marcas. Marcas de amor.
Adoro!
Beijos, Poesia!
esse fio entrelaçado de poesia me lança para longe-e-perto de mim. através de vocês, visito palavras e lugares que desconheço e que fazem parte de um precioso novelo lírico. grata por viajarem no dorso das palavras.
Postar um comentário