Keblinger

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Ele, o tempo, atemporal...

| quarta-feira, 26 de janeiro de 2011


Temos o tempo necessário para andar de mãos dadas. Agora, somos cúmplices. Nem ele me atropela, nem eu ralho com ele. (O Tempo) [Gloria Diogenes ]
Ele não me confessa os seus segredos, mas eu confesso os meus a ele. Todos aqueles que trago aos poucos tatuados no coração da pele. [Monicacompoesia Poeta]

Mas ele tem sido meu amigo: me escuta e me ampara. Tempo é aliado de quem o sabe levar pela mão, e que sabe cantar e dançar roda como criança que não teme o futuro. Tudo é vida . [Flávia Braun]

Tempo, ubíquo ciclope que tudo vê, em si, sol... sonho de entardeceres, serestas de um quase lugar... horizonte sem nome... travessia molhada... voo... solo... um dia fui... [Denison Mendes]

Todos vão... nesse vão do tempo. Sucessão de anoitecer e de raiar solar ... luar. Vida voa no embalo do tempo momento vento... velhos companheiros somos... [Flávia Braun]

Parceiros e cúmplices. Não nos voltamos. Seguimos inevitáveis pelo que somos. Cego presente no futuro buscamos. Perdidos na linha dele incontroláveis nos desencontramos. Tênue. Vida. Arte. Proso realidade. Verso sonho. [Monicacompoesia Poeta]

Cego o guia que conta os pedaços de tempo. Esquece de abrir a janela e ver a posição do sol, a direção dos ventos. Corre atrás dos minutos e acelera nos semáforos amarelos. O corpo que se retorce, encurta e adoece sob a pressão dos ponteiros de infinitos segundos . Eu me vesti de aurora, das cores amareladas do crepúsculo e do cinza das horas que chove. Fiquei até bonita. Namoradeira. Não espalhem. Deito nos braços viris das minhas horas. [Gloria Diogenes ]

As horas se passam sorrateiras, tentando se esconder de mim. Mas as abraço, e ,juntas, formamos um par de dança. A dança do tempo. Ritual único que nos envolve em véus de cores vida. [Flávia Braun]

Celebro o tempo que me falta com a alma em palavra perdida pelos dedos que me transformam nua carne viva. Nela cortada de versos sou tatuada, acariciada, empoetada e consumida. No não linear amor sinto a dor apaixonada que me faz escrita. Realidade não literária adormecida. Imaginária criativa. [Monicacompoesia Poeta]

Meu tempo de dentro nem sempre está de acordo com o tempo de fora, mas se complementam em estradas de solidão e alegria, nunca monotonia. Quero o crepúsculo, a hora mais bonita do dia, no meu coração, a revelação é a inspiração. Poesia em construção, assim como o tempo, sem convenção. [Du]

Tempo de correr no oposto do tempo. O tempo que não está no relógio. [Simone Brichta]

O relógio marca o inverso do tempo da alma do poeta. em seu tempo, o poeta paira no ar... paralisa os ponteiros. tempo que inverte as horas de vida atemporal... [Flávia Braun]

Atemporal no sentido de converger o tempo em conversação poética. Poesia sem hora de ir, nem vir... Ela vem. Ela tem vida própria. Pode parar, pode partir quando quiser, no tempo dela. Somos usados por ela. Somos o tempo dentro dela. [Du]

Relógio passo. Me olho. Há tempo. Sentido imaginário. Escrevo horas. Segundos movimento. Em meu coração anti- horário ponteiros andam contrários de sentimento. Centésimos de realidade no meu peito em silêncio. [Monicacompoesia Poeta]

E a face que vejo no espelho, mostra que a alma segue o tempo inverso. Horas que voltam atrás. Corpo envelhece. Alma poeta rejuvenesce. Tempo é aliado da criação. [Flávia Braun]

Cronometro meu corpo repleto de emoção. Sinto meu verso fracionando as horas com redigida sedução. Cometo o tempo que ousei ter liberto em minhas mãos. Eu envelheço. Minhas letras não. [Monicacompoesia Poeta]

Somos de um tempo sem medida
Sempre o tempo que nos leva
Da alma o que a desespera
Do corpo a espera da vida [Manuel Pintor]

O tempo é ocupado, compacto que faz falta. O tempo que não vai embora faz sonhar com os ritmos bucólicos. E chega de tanta pressa, de tanto... Amanhecer. Amanhecendo. A manhã cedo. Nasce o dia azul mais escuro, com rosa enferrujado... [Simone Brichta]

E concluo que não precisamos do tempo como premissa básica para escrever. Precisamos é da poesia no nosso viver, sem relógios controlando a emoção. Invadimos o tempo das palavras soltas ao vento, no tempo dos nossos pensamentos. O tempo é de escrever, não importa se faz chuva, se faz sol, se está frio ou quente lá fora. Nosso tempo é agora. [Du]


5 comentários:

{ Dulce Miller } at: 26 de janeiro de 2011 às 07:41 disse...

Tempo, tempo, tempo... mano velho! :))

Foto inspiradora a da Glória!

Beijos (sou suspeita pra falar, mas AMEI!)

{ CARLA STOPA } at: 26 de janeiro de 2011 às 10:54 disse...

Tempo, esse algoz de vida e morte...

{ Andrezza } at: 26 de janeiro de 2011 às 19:34 disse...

Foi um momento de reflexão delicioso pra mim... Tempo de beleza pra minha mente, meus olhos e meus ouvidos. E como preciso disso.
Quem não precisa de um tempo pra si que atire a primeira pedra...
Genial o blog. Já estou seguindo, amadas.
Beijos,
Andrezza

{ gloria } at: 26 de janeiro de 2011 às 22:31 disse...

Esse mural de pura poesia ficou pintado com todas as dobras, ondulações e figurações possíveis do tempo. Eu me sinto gratificada por ter ativado os ponteiros sentimentais que cadenciam o ritmo dos escrevinhadores. Muito lindo!

{ Tatiana Kielberman } at: 27 de janeiro de 2011 às 19:34 disse...

Isso aqui está, a cada dia, lindo demais!

Orgulho de se ver!!

Beijos!

 
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