Keblinger

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Entre Depois - @simonebrichta

| segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Simone


Líquido azul, 
vaza e esvazia a caixa. 

Fumaça resinosa, 
incenso, leva o amargo, 
criando teias, ciclo. 

Vira água, sede de secar.
Intenso e flexível em fusão. 

Sentir o começo, 
ficar aberto, 
receber o outro. 
Um solvente
no espaço dinâmico. 

De tudo, passa, 
aquece e evapora,
impureza que absorve. 

Vazio do início, 
para filtrar, o começo. 

Gera o ciclo, da ciranda, 
das trocas que levam 
e voltam a armadura. 

Do esquentar depois chover, 
nas estações que mudam, 
das células, que renovam, 
que trocam entre alta e baixa. 
Como tudo que pulsa: 
para protagonizar, 
a própria cena. 

Sobretudo
de todas as estruturas
de todas as construções. 

Infinito reciclado. 
Pensando no pensar,
segue o trilho suspenso.

2 comentários:

{ CARLA STOPA } at: 28 de fevereiro de 2011 às 19:17 disse...

Intenso...Grande abraço.

{ Tatiana Kielberman } at: 5 de março de 2011 às 09:59 disse...

Lindo, querida Simone!

Adoro seus escritos, de coração...

Beijo enorme!!

 
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