foto:Davi Diógenes de Carvalho |
Este desenho começa com lápis e tinta na folha
riscos que passam rápido e caem aqui como gota,
sem tempo de pensar,
por qual motivo vieram ao papel
onde simplesmente possam nascer
na árvore de sua origem.
Visto outro céu sem travas, um espaço
que chove canções ainda não decifradas,
e esvazia a caixa,
lá a água jorra, saem entulhos,
o ressignificar, que leva ao novo.
Depois de polir a pedra bruta
entre um eco e um afeto
será preciso cavar.
Em túneis de labirintos e círculos,
com olhos invisíveis dentro da pele,
o lugar mais profundo do oceano
qual mapa igual não existe.
Mas desperta a nascente,
do rio dentro da gente
de esquinas infinitas
dos trilhos, sem aviso na estação
que na janela do trem
avista-se o abismo
mas existem caminhos
esses sentidos
que sutilmente dançam.
[Simone]
2 comentários:
sonhos que nos renascem para, a cada tela em branco dos dias, pintar a nossa história.
bjs, Simone!
E de tantos encantos, novas telas virão e logo desbotarão, num eterno remontar.
Lindo poema!!!
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